
São exatamente 8:14 da manhã do dia 03/02/2019 e eu estou aqui na minha escrivaninha com minha xícara de café e canela que dei uma leve salpicada (adoro canela) e decidi escrever esse post e contar um pouquinho de mim para vocês.
A foto na areia foi há uns 6 meses, nas minhas últimas férias em Pernambuco. Essa viagem foi mega especial. Saudades <3.
Tenho 31 anos e desde que fiz 30 a vida levou-me a ter reflexões tão intensas que 1h da manhã eu poderia correr uma maratona de tantas ideias que simplesmente brotavam na minha cabeça, como filhotes de tartarugas.
Derrepente eu me vi diante de tantas possibilidades e ao mesmo tempo não sabia por onde começar.
Engraçado que eu já conquistei tantas coisas antes dos 28 anos, porém, ao trintar, algo no meu cérebro disparou um sinal de aceleração que eu senti como se eu estivesse acabado de nascer.
Como explicar a sensação de querer dominar o planeta e ao mesmo tempo se sentir presa a algo que nem eu mesma sei do que se trata?
Estava eu ali, sentada na pracinha, um dia após minha 30° primavera, agarrada ao meu livro O morro dos ventos uivantes nesse trecho “Se tudo o mais perecesse e enquanto ele perdurasse, eu ainda continuaria a existir; e se tudo o mais restasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria muito mais estranho”. Forte não?.
O fato é que eu decidi fazer um balanço da minha vida, não da vida toda, apenas das partes que eu realmente lembro que eu estava consciente quando tomei algumas decisões (tem decisões que a gente nem sabe como que tomou), desde quando optei por engenharia, ir embora de Manaus para fazer o mestrado em São Carlos-Sp, arrumar um namorado, morar com ele, terminar com ele, depois dirigir por quase 9 horas até Ponta-Grossa no Paraná para trabalhar em uma multinacional por um tempo determinado de 6 meses que poderia ou não ser prorrogado e ainda com um bônus, uma dívida de quase R$ 10.000 por ter refinanciado meu carro para me bancar, desde pagar aluguel, gasolina, e tudo o mais, até receber meu 1° salário e começar a quitar a dívida.
Quantas decisões e rumos eu já tomei, a vida de fato me mostrou que vale muito a pena arriscar, mesmo que alguns me chamem de louca, mas a melhor definição de insanidade que conheço é: fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes (Albert Einstein).
Continua…